quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O tempo

Quanto tempo eu vou passar esperando pelo tempo que promete curas?
É difícil sair ileso de uma situação, quando estamos afogadas nela, quando existe um alguém.
Na rua, no meu quarto, no vazio, no pátio...
Em meio a multidão que mais parece solidão, com os meus passos muitas vezes apressados, calmos, vazios... Nada que eu faça muda a orientação desses passos agora rápidos, fortes e objetivos.
Seria mais fácil se eu abrisse mão, se eu aceitasse a idéia de perder, se eu me convencesse do fim.  Acho que levei a sério demais aquela história de que a esperança é a última que morre, e no inconsciente fui alimentando cada vez mais a minha esperança, e adiando a sua morte!
Espero conseguir dizer adeus, espero não acreditar mais em nós dois.
A esperança que eu tanto lutei pra manter viva, era apenas um falso apoio, uma ajuda disfarçada, um desculpa ridícula que eu dava pra mim  mesma, pra poder continuar.
Já que a esperança não serviu para evitar o fim, que agora sirva!
E eu continuo nessa busca incansável do encerramento de mais um ciclo, que pra mim será um sinônimo de alívio.


A.V.O.A

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