terça-feira, 25 de outubro de 2011

 
"...Viver é fácil com os olhos fechados
Sem entender tudo o que você vê..."
                 Strawberry Fields  Forever - The Beatles

 
A.O.D

domingo, 23 de outubro de 2011


“Eu sou uma eterna apaixonada por palavras, música e pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono.”

Clarice Lispector.
A.O.D

sábado, 22 de outubro de 2011


Engraçado. Nunca estamos satisfeitos com a vida. Ela vem de graça, nos traz os benefícios adicionais de amigos, família, felicidade, amor e mesmo assim nunca estamos satisfeitos com ela. Sempre reclamamos, e reclamamos, e reclamamos de tudo, muitas vezes não fazemos nada pra mudar, e colocamos a culpa na vida. CHEGA! Devemos agradecer pela vida que temos, por tudo que temos, e por termos a oportunidade de viver, que muitos não tem!

A.O.D

domingo, 16 de outubro de 2011

“Uma pedra. Igual a si mesma, como só o são as naturezas inertes. As pessoas escorregam e, se num momento foram, no seguinte já não mais o são; a possibilidade de ser se reduz, contrai, escapa, ou num repente aumenta para explodir inesperada. As coisas se afirmam nelas mesmas em cada segundo de cada muinuto. E em cada segundo futuro, serão ainda elas mesmas, sem se acrescentarem ou diminuírem. Para sempre, uma pedra será uma pedra. E por que então, enfim, esta palidez minha? Por que a encarava e pensava, e a constatava em sua permanência despida de mistério e, no entanto, hesitava? Deveria compreendê-la no passar de olhos e ir adiante sem esperar. Contudo, esperava. De uma pedra - o quê? Se me machucava por dentro e quase tombava, meio aniquilado, impossível prosseguir. Derramar de ternura do vazio de minhas mãos, meus olhos quase verdes de tanto amor recusado, emoções informuladas pelo silêncio de noturna precisão - tudo convergindo para a pedra. Uma fatalidade, o inumano atingir o humano assim, de brusco? A nudez de meus pés devassava o frio. O vidro do rio, a lâmina do vento, a morte do sol. E a pedra. Inatingível.”
 -Caio Fernando Abreu

A.O.D

segunda-feira, 10 de outubro de 2011


Você pode ser a pessoa mais popular do mundo, pode ser mais uma alma perdida por aí, pode ser só você mesmo (se achar que ser você é popuco). Seja quem for, sempre vai haver um dia em que se sentirá sozinho. 

A.O.D
“Será que a medida que você vai vivendo, andando, viajando, vai ficando cada vez mais estrangeiro? Deve haver um porto.”

(Caio Fernando Abreu)


A.O.D

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ela era culpada, por isso escondia a verdade ofegante daqueles de almas pequenas,pobres infelizes  acorrentados à morte onde agora é o único refúgio dos que parcialmente colaboram para o julgamento sem ao menos compreender aquilo que se julga. Rezam, imploram aos deuses mais insanos, se tornam loucos e dançam à beira da insensatez à procura obsessiva dos olhos negros, fixos aos fios mentais que no momento se desligam.
O homem de voz tímida, revela-se em meio a náuseas a semblante face repulsante, recusando-se a ser infeliz e destrói todo o passado, tendo como aliado o tempo, que por si só é um completo veneno, o tempo meu caro não apaga nada, isso é mais uma das mentiras que os desumanos contam para amenizar a dor, levando com eles a certeza de que no fim tudo vai se eternizar, pobres inúteis, engolem goela abaixo a verdade que desce pela garganta rasgando-lhe tudo e depois vem a anestesia da memória meio falha e ela também passa.
As ruas agora estão cinzas, as pessoas estão mortas e alguém as faz acreditar que ainda possuem vida, com despojos de ficção. A garota, acusada reclama, procura abrigo, nas veias o ódio corre, consumindo-a, ela acende mais um cigarro, se enterra viva e se entrega ao suicídio mental, destruindo-se aos poucos achando que assim pode aliviar o sofrimento não apenas seu, mais de todos os mortais que existem sobre à Terra, pobre menina que queria mostrar amargamente o erro cometido pelos homens, agora sobre o simples acaso se deixa levar,ao som da música pregnada na mente faz uma escolha, onde ninguém tem o poder de interferência! Se deita no chão sujo, da sua velha casa a anos abandonada, agora volta trazendo a companhia da solidão. Deitada observa o teto, as telhas estão quebradas, enxerga a lua, e pensa: "Ah, como ela é linda" e se abraça, sorri como a muito tempo não fez,gargalhadas altas daquelas que faz doer a barriga, depois parece estátua, não há mais sorrisos, só uma prega no rosto de preocupação, olha pela última vez a lua, fecha os olhos, dessa vez para sempre.

A.V.O.A